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Cabo Verde está a dar cada vez mais atenção à questão dos idosos

O diretor nacional da Saúde, Jorge Noel Barreto, asseverou hoje, na ilha do Sal, que Cabo Verde está a dar cada vez mais atenção à questão da terceira idade, consentindo às pessoas nessa idade um envelhecimento saudável.

Jorge Barreto fez essas considerações à margem do IV Congresso Internacional do Envelhecimento Ativo e Saudável em Cabo Verde, que decorre no Sal, sob o lema “Resiliência das pessoas idosas em mundo de mudança”, onde, durante dois dias, se prevê a discussão de temas diversos ligados à saúde e bem-estar do idoso.

O evento que acontece num dos hotéis da cidade turística de Santa Maria, no âmbito do Dia Internacional do Idoso, contando com convidados nacionais e internacionais no formato virtual, foi presidido pelo secretário de Estado Adjunto da Saúde, Evandro Monteiro, também no modo online, em representação do Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário.

Depois das boas vindas do presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, os representantes da OMS, da Organização Oeste Africana da Saúde, participaram também no formato híbrido.

À semelhança das edições anteriores, o congresso é o momento para chamar a atenção para a questão do envelhecimento, uma vez que as pessoas estão a viver muito mais tempo.

Neste particular, o diretor nacional da Saúde, Jorge Barreto lembrou que Cabo Verde tem cerca de 10 por cento da sua população idosa, e a tendência é para aumentar cada vez mais porque, conforme observou, a taxa de fecundidade está a diminuir, ou seja, as pessoas estão a ter cada vez menos filhos.

“Torna-se cada vez mais necessário chamar a atenção para a importância de as pessoas envelhecerem de uma forma saudável, e ativamente, para que não percam as suas faculdades e capacidade de autonomia”, acautelou o responsável da Saúde Nacional.

Para isso, Jorge Barreto disse que desde muito jovem é preciso adotar-se hábitos saudáveis da vida, tais como a prática de exercícios físicos, atenção com a alimentação, e chegar à velhice convivendo em harmonia, ocupar a mente com coisas positivas, entre outros aspetos úteis.

“Isso tudo vai favorecer que as pessoas cheguem e vivam uma velhice de uma forma saudável e tranquila. Estamos a ter condições para que muito mais pessoas cheguem aos 70, 80 e 90 anos. E é importante adotarmos políticas e estratégias para que possam chegar a essa idade de uma forma saudável, com autonomia e dignidade”, enfatizou.

Manifestando preocupação relativamente à situação de solidão por que muitos idosos passam, Jorge Barreto disse que se trata de uma questão que deve ser vista, defendendo atividades onde os idosos se sintam integrados.

“É uma questão que nos preocupa. Se não tivermos atividades em que os idosos são incluídos…isso é uma forma de discriminação”, admitiu, renovando o apelo de as pessoas começarem a se preocupar com a velhice ainda jovem, para que possam ter um envelhecimento saudável.

“Porque desta forma teremos muito menos probabilidade de chegarmos à idade avançada com problemas de saúde e outras dificuldades que poderão condicionar a qualidade de vida nessa altura”, concluiu.

FONTE: Inforpress

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