Ao longo da minha trajetória profissional e pessoal, descobri que envelhecer é uma das experiências mais mal compreendidas da vida.
Crescemos ouvindo frases como:
“Velhice é doença”,
“Idosos não aprendem”,
“Quem é velho não trabalha mais.”
Esses mitos, repetidos por gerações, alimentam o preconceito etário — o etarismo — e impedem a construção de uma sociedade mais justa para todas as idades.
Vamos aos fatos:
Mito: Envelhecer é sinônimo de incapacidade.
Verdade: Muitas pessoas 60+ continuam ativamente produtivas, aprendendo, criando e contribuindo com a sociedade. O cérebro humano pode formar novas conexões ao longo da vida (Harvard Health Publishing, 2021).
Mito: O envelhecimento é igual para todos.
Verdade: Cada pessoa envelhece de forma única, influenciada por múltiplos fatores. Não existe um único “modelo” de velho.
Mito: Pessoas idosas não usam tecnologia.
Verdade: O uso da internet por brasileiros 60+ cresce a cada ano. Muitos fazem cursos online, empreendem digitalmente e compartilham conhecimento em redes como esta (IBGE, 2022).
Mito: Quem é mais velho não tem mais o que ensinar.
Verdade: A experiência é um dos maiores ativos da maturidade. Nas empresas e na vida, a troca intergeracional é fonte de inovação e equilíbrio. Viver é um
aprendizado constante que gera ensinamentos
Envelhecer não é uma falha — é uma conquista.
A alternativa a não envelhecer é não estar mais aqui. Por isso, viver mais deve ser celebrado — e viver bem, planejado.
Combater os mitos sobre o envelhecimento é uma tarefa urgente, pessoal e coletiva.
Afinal, todas as idades importam para viver e dar o seu contributo.
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Fontes:
• Harvard Health Publishing (2021)
• IBGE (2022)
• OMS (2021) – Relatório Mundial sobre o Envelhecimento Saudável