A plataforma 65yMás dá nota de que o #idadismo, termo surgido em 1968, ainda não é suficientemente conhecido pela sociedade, apesar dos anos que já passaram. Às vezes, os preconceitos associados aos idosos estão tão arraigados que os negligenciamos.
Pensamos em alguém com base na sua idade e atribuímos certos comportamentos e aspetos que podem não ter nada a ver com essa pessoa.
Maria Bonillo considera que é na publicidade que podemos verificar melhor esta questão e que, mais vezes do que imaginamos, a figura do idoso é representada de forma pejorativa, como gente que nada sabe, que se esquece com facilidade, que tem dor, é comparado a crianças ou simplesmente associado a doenças.
A idade ainda está relacionada a algo negativo. Na realidade, apenas 3% dos protagonistas dos anúncios têm mais de 65 anos e, quando isso acontece, a sua representação costuma ser carregada de preconceitos. “Há empresas que se dedicam a fazer, talvez, não propaganda enganosa, mas deve ser realista”, diz Diego Alcázar, presidente da UDP Valencia, à 65Ymás.
A maioria das pessoas mais velhas não se sente representada nesses anúncios. Não querem comprar um carro, um telefone novo, roupas ou não têm vontade de viajar? A partir do Fórum LIDEA de 2018, foi exigida a “utilização de imagens realistas, positivas, alegres e ativas dos idosos e não daquelas que sempre se usam: cinzentos, tristes e doentes”. Embora pareça que ainda é difícil mudar essa visão.
“Na publicidade, o preconceito de idade é total” afirma Elisa Nuez, vice-presidente da CAUMAS. “Só se salvam os anúncios relacionados com o turismo, nos demais é puro idadismo. Se pensarmos bem, o idoso não existe na publicidade. O jovem prevalece sobre o idoso, em geral a publicidade é assim.”
A plataforma dá 10 exemplos de anúncios onde está evidente a discriminação por idade.
Vamos publicar, autonomamente, os anúncios com um breve comentário.